domingo, 23 de junho de 2013

Livros a Mexer

Os dias correm tão depressa!

Já lá vai uma semana desde que me vi a dançar e ainda não tinha tido tempo para partilhar convosco as emoções vividas, no dia 16 de junho de 2013, no Teatro Municipal de Vila do Conde.

Que tarde especial!

A Teresa e o Pedro organizaram um workshop chamado "Livros a Mexer" no âmbito do
  
R  e  l  â  m  p  a  g  o
P r o j e t o  E d u c a c i o n a l

Trata-se de um projeto muito interessante promovido pela Ventos e Tempestades – Associação Cultural, que engloba as áreas da formação, divulgação e criação. 

Desta fez os meus amigos lançaram o desafio de me recriar através da dança. Foi assim que eles apresentaram a iniciativa:

Não ver com os olhos, mas ver com o coração e todas as outras partes do corpo. Descobrir a(s) história(s) dentro da história já lida e relida. Perceber melhor o mundo, com todas as suas diferenças.
Era uma vez…
O ponto de partida é o livro infantil “O menino dos dedos tristes”, que se desenvolve à volta da ideia da não visão, que agora se associa à dança criativa. É querer dar estímulo a atitudes mais inclusivas e à criação de atividades acessíveis a pessoas com e/ou sem necessidades especiais.

Por muito que eu vos conte, não conseguirei dar conta da magia que ali se viveu.

Partindo de um guião bem estruturado, a Teresa e o Pedro colocaram os meus dedos nas mãos de outros meninos que por sua vez os fizeram mexer e transportar a minha história para todo o corpo... a dança é aquela arte em que as palavras se perdem e se transforma em movimento. E eu dancei! Imaginem... eu dancei!!

Tudo começou com o toque mágico de um dedo!


Entre leituras e desenhos, eu e a Rita ali ficámos, olhando quietinhos para não incomodar...


Mas as emoções eram muitas... e à nossa volta tudo era movimento. Ora lento, ora rápido... deitados no chão, saltando no ar... de mãos dadas, livres como pássaros ou velas ao vento, os meninos mergulhavam no seu corpo par o descobrir pouco a pouco. Eram os dedos da mãos que se mexiam... eram os dedos dos pés que se libertavam, os braços que se viravam para o céu e os corpos que se atiravam por terra, para se enrolarem sobre si mesmo ou procurarem o abraço do outro. E tudo era feito com tanta ternura e com tanta emoção que nós ficámos tontos de tanta alegria!


Como são lindos os corpos que dançam!
Que privilégio é ser livro que se deixa abrir para ser lido com o corpo todo.
Já o disse outras vezes e torno a dizer: "sou um menino de sorte!"

Obrigada Pedro! Obrigada Teresinha! Obrigada papás e mamãs que levaram os vossos meninos para que eu os pudesse conhecer... e... Parabéns meninos! Os vossos dedos jamais serão tristes!